No dia seguinte em que representantes dos principais clubes de Petrópolis se reuniram com os vereadores, mais especificamente na quarta-feira passada, o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, visitou o Esporte Clube Pedro do Rio para implantar mais um núcleo do projeto Qualivida, da professora e deputada Geogetti Vidor. Lá, segundo infomações oficiais, serão investidos na ginástica olímpica cerca de R$ 100 mil por ano.
Os clubes pleiteiam verbas e parcerias. A Liga Petropolitana de Desportos também. Só a entidade de desporto solicitou cerca de R$ 14.400 reais para o pagamento da taxa de arbitragem de todos os campeonatos oficiais de futsal e futebol até o final do ano. Há quem diga que não haverá a menor chance de o Governo Municipal atender a essa e outras reinvindicações, por várias razões.
Mustrangi deve receber vereadores e representantes de clubes nas próximas semanas. Analistas de plantão afirmam que dificilmente o chefe do executivo irá atender a todos os pedidos, já que está em jogo não a questão financeira, mas sim a questão política. Os vereadores contam com o apoio dos clubes, enquanto que o governo enfrenta resistência de toda a parte, sobretudo porque a política adotada pela secretaria de esportes não consegue agradar a ninguém. Isso é fato.
Já está bastante claro que o esporte não é uma das prioridades do atual governo, como ocorreu em tantos outros nos últimos 30 anos. Um evento aqui, outro ali, uma quadra reformada acolá e assim será tocado o barco. Nada mais.
Há quem defenda a radicalização do movimento dos clubes, ou seja, uma greve geral que impediria a realização de quaisquer eventos esportivos. Pelo incrível que pareça, a atitude que seria inédita no desporto municipal conta com a simpatia de até quem está dentro do governo. Afinal, isso poderia repercutir na mídia estadual e colocaria Paulo Mustrangi e sua turma em uma saia justa, principalmente às vésperas do país sediar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Preocupados com a inércia do setor, um grupo de dentro do próprio PT (partido do governo) se mobiliza sileciosamente na elaboração de projetos esportivos à revelia do secretário. Ou seja, Mustrangi vai a Pedro do Rio inaugurar o Qualivida, o próprio partido faz projetos e o secretário faz projetos à sua moda. Fica nítido que não há direcionamento algum para o setor, unidade e sim um jogo de interesses que não atende a todos.
O Governo Municipal caminha para a metade de sua gestão e até agora não mostrou ao que veio. Não há nada de novo. E a tendência é a de que a insatisfação cresça a medida que não se abre uma discussão profunda a respeito do setor. Vem chumbo grosso por aí!
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