Aos trancos e barrancos, o Serrano chegou à final do Campeonato Estadual de juniores após vencer a ADI, por 4 a 1 e agora encara o Goytacáz neste domingo, em local ainda não sabido.
A última vez que o Serrano decidiu um título estadual foi em 1999. Naquele ano, em dois jogos decisivos do Campeonato Estadual da Segunda Divisão derrotou o Macaé Sports, por 1 a 0.
Digo aos trancos e barrancos porque, como todo mundo sabe, o clube perdeu seu patrocinador às vésperas de sua estreia na competição.
E, em campo, a garotada petropolitana fez toda a diferença, principalmente o atacante Ramon, autor de dois dos quatro gols do azul e branco.
Não creio muito que o título estadual fique em Petrópolis. Me baseio na campanha que o adversário serranista fez e no recente duelo na semifinal, quando o Goytacáz conseguiu uma vitória maiúscula por 4 a 0, em Campos.
Ainda assim, foi uma campanha excepcional dos juniores serranistas.
E caiu por terra também aquela badalação toda que começou há um ano atrás, quando o Mep prometeu em poucos anos levar o Serrano ao Mundial da Fifa.
Com o Mep o Serrano tinha planejamento, dinheiro, mídia e um discreto apoio do Governo Municipal. No Estadual, porém, foi eliminado na segunda fase e de forma vergonhosa.
Sem o Mep, foi diferente. Sem estrutura, com seus dirigentes brigando com todo mundo fora de campo e com falta de patrocinador chegou a final do Estadual de juniores.
Isso merece uma reflexão, principalmente com os entusiastas do Mep ou quem ganha dinheiro com o "movimento".
A opção do Mep em fazer sucesso no futebol foi mais curta: ao invés de subir dentro de campo, preferiram comprar um clube que já está na segunda divisão. Um clube, até agora, sem sede própria.
E por falar no Mep, o mais novo a ser dispensado do chamado "projeto" é a Pé de Vento, que segundo a instituição lamentou não ter podido captar recursos e bancar os atletas quase olímpicos.
O curioso é que tem dinheiro para trazer um técnico de seleção brasileira para o time de futsal, que é Paulo Mussalém. O atual treinador do Imperial Futsal é Ney Marcos, que realiza um excelente trabalho com a equipe e, portanto, seria desnecessário no momento trazer um cara desse peso. Uma injustiça ao meu modo de ver.
Aos poucos, fica claro que o Mep quer fazer negócios, apenas. Não se trata de um movimento solidário que chegou a encantar a todo mundo.
A verdade é que, depois de deixar o Serrano e a Pé de Vento - dois ícones do esporte de Petrópolis -, o melhor agora é investir na imagem da instituição. Nada melhor do que um programa de televisão para isso.
O Serrano, a duras penas, tenta sobreviver e a Pé de Vento, idem.
A pergunta que se faz: quem será o próximo?
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