Em 2010, o Poker/PEC pretende comer pelas beiradinhas, bem caladinho. E o jeitinho mineiro está realmente tomando conta do grupo. Entre jogadores e comissão técnica que iniciaram os trabalhos visando a disputa da Liga Futsal, seis não são naturais do estado do Rio. São de Minas Gerais. E o entendimento entre eles mostra que o trabalho calado pode render frutos.
Além do técnico Faisal Saab, Juninho, Rennan, Gabriel, Gabrielzinho e Toninho são os representantes mineiros. Os três últimos ainda estão em período de testes. Mas se depender do entrosamento no quesito pão de queijo, a aprovação é quase certa.
O quartel general da mineirada é a casa de Juninho, com os quitutes de sua esposa, Janine. O pão de queijo com lascas de provolone, saindo quentinho no café da tarde, é um dos atrativos.
– Este certamente é um dos nossos combustíveis. Estou sempre por lá filando um lanchinho mineiro e matando a saudade de casa. Tem sempre doce de leite, pão de queijo e queijo de Minas fresquinho – lembra o goleiro Rennan, vizinho de Juninho.
Sobre o sucesso dos mineiros no Rio, Rennan fala com orgulho de seus conterrâneos.
– Já é uma marca do futsal de Minas. Um exemplo é que nos últimos três anos, os mineiros têm ficado nas primeiras colocações da Taça Brasil Sub-20, revelando vários jogadores. O trabalho de base é muito bem feito por lá. Aqui mesmo no Poker/PEC, também já passaram os mineiros Gui e Hugo – destaca.
O experiente Juninho confirma as palavras do companheiro. Ele lembra que o futsal mineiro tem uma qualidade peculiar. Mas que cada região tem o seu tempo de efervescência.
– Nas décadas de 70 e 80, até meados de 90, o Ceará era o grande celeiro, descobridor de valores. Nos últimos dez anos, Minas Gerais tem ficado na frente. O futsal é muito administrado nos colégios e em todos os bairros de Belo Horizonte tem pelo menos um time. Esse aspecto populariza e faz com que a descoberta de novos valores fique mais evidente.
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