O esporte petropolitano está de luto. Morreu aos 88 anos hoje o ex-atleta e dirigente Paulo Pinto Ferreira, um dos mais vitoriosos atletas da história do desporto municipal, além de escritor e comunicador. Ex-membro do Partido Comunista do Brasil, Paulo Ferreira foi professor e um dos maiores entusiastas do desporto municipal, tendo criado há dois anos atrás um grupo de dirigentes que escolhia os destaques da área durante o ano.
Autor de dois livros sobre a história do Petropolitano " Isto é o Petropolitano", Paulo Pinto Ferreira foi várias vezes campeão pelo clube, além de levantar títulos no Internacional, Cascatinha e o Cruzeiro do Sul, tendo acompanhado de perto o início da carreira de Mané Garrincha, o craque que encantou o mundo com seus dribles desconcertantes. Foi também dirigente da Liga Petropolitana de Desportos e sugeriu há alguns anos atrás a montagem do Conselho Municipal de Esportes.
O enterro ocorre às 16h30 de hoje e deve reunir muitos amigos, que foram prestar a última homenagem a Paulo Pinto Ferreira, sendo que uma de suas maiores paixões - o Petropolitano Futebol Clube - decretou luto oficial de três dias. De acordo com o presidente do clube, Arnaldão Rippel, a família alvinegra está de luto. " Paulo Pinto Ferreira era um homem fundamental aqui no clube. Foi atleta em várias modalidades e sempre demonstrou seu amor pelo ' Petrô'. Foi uma perda irreparável", disse Rippel.
Bancário aponsentado e pai de quatro filhos, o veterano esportista e escritor deixou muitos amigos. Um deles era o jornalista Paulo Guerra Peixe, parceiro de peladas desde o final da década de 30, afirmou que Petrópolis perdeu um grande homem. " O Paulo Pinto Ferreira era um gênio, um homem dinâmico que fez história como atleta e escritor. Nós perdemos uma pessoa e tanto", declarou ontem Guerra Peixe, que batia uma bolinha no estádio Álvaro Catão, no Alto da Serra.
Amigo pessoal de Paulo Pinto Ferreira, o radialista Romeu Pinheiro foi outro que lamentou profundamente a sua morte. Parceiro do programa "Debate", que ia ao ar aos sábados pela manhã pela Rádio Imperial AM durante a década de 80, Romeu declarou que tinha na figura do esportista um "irmão" e disse sentir sua falta. " Era um parceiro, um amigo, um irmão que tive. Mas Petrópolis é quem mais perde com a sua morte", disse o radialista.
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