quarta-feira, 3 de março de 2010

Avancini foi sexto em prova de ciclismo no Chipre



No final do mês passado, foi realizada uma prova de ciclismo na chamada “Machairas Mountains”, disputada no Chipre. A competição em si foi a Afxentia Stage Race - prova XCS classe 1 no ranking internacional - e válida como segunda etapa da segunda da Cyprus Sun Shine Cup. A primeira é um contra-relógio de 7.8km, a segunda uma XCP(maratona) de 42km, e a terceira um XC de seis voltas num circuito de 7.8 km. Quem participou da competição foi o petropolitano Henrique Avancini, dando pontapé inicial em sua participação em eventos no velho continente, garantindo a sexta colocação no geral. Ele passou momentos de apreensão.
“No contra-relógio fazia um frio insuportável. Para mim, foi necessário fazer uma hora de aquecimento para começar a sentir as pernas e os braços. Fazia cinco graus e com muita chuva e vento a sensação térmica despencava ainda mais. Parti pra volta com toda força possível, mas fica um pouco complicado, quando se anda no alto nível europeu, fazer um bom tempo quando não se adapta as condições do dia. No final do dia fiz o décimo oitavo tempo, mas ainda tinha as provas mais longas e duras pela frente", detalhou o piloto de Petrópolis, revelando a parte dura do ciclismo radical e a exigência imposta a ele e aos demais participantes.
Segundo Henrique, num sábado, o ritmo foi simplesmente alucinante, pois estava um dia frio mas sem chuva e em alguns momentos se pôde dar ao luxo de andar com um tímido sol. A primeira parte da corrida, que durou uma hora, impunha uma incrível velocidade com subidas e descidas curtas e velozes. " É uma corrida muito perigosa, já que a estrada é muito estreita e sempre cortando a montanha com um penhasco muito alto. Imagine isso, andando no limite, dentro de um grupo compacto", comentou Avancini.
" No meio da prova, eu perdi o primeiro grupo que era composto por por aproximadamente 20 atletas. O final da prova é uma subida dura e técnica de oito quilômetros e depois um single-track muito técnico durante mais oito, e mais cinco quilômetros de subida até a chegada. Na subida mais dura, comecei a me recuperar dentro da corrida e comecei a ganhar algumas posições. No final, cheguei em décimo segundo. No geral subi para décimo primeiro.", acresentou.
Frio de rachar e ralação - No último dia - o terceiro - Henrique Avancini enfrentou um de seus mais duros desafios como piloto de mountain bike. Para ele, foi uma das corridas mais dramáticas de minha carreira até hoje. Isto porque, naquele momento se fazia um frio absurdo e pra completar chuva, mais a lama no técnico circuito com pedras e raízes de todos os tipos, outrs obstáculos estavam no seu caminho na prova do Chipre.
"Na primeira volta tive muita dificuldade de acompanhar o ritmo dos ponteiros, mas fui me recuperando dentro da prova. Da segunda volta em diante fui fazendo uma prova estável, sempre andando forte e sempre buscando posições mais a frente, sem perder nenhum posto para alguém que viesse de trás. Nessa prova experimentei sensações que nunca tinha tido. Não conseguia fechar a boca depois da prova de tanto frio, não movia os dedos. Para fazer a mudança de marchas eu tinha que olhar pra mão, pois não sentia nada. Os dedos ficaram roxos. E nessas condições não há opção pois como chovia não era possível colocar roupas mais aquecidas. Fiz a prova debaixo de chuva com sete graus apenas com uma camisa de dry fit por baixo do fino uniforme tradicional", comentou o piloto.
Na quinta volta, o petropolitano encostou na estrela mundial Roel Paulissen e fez duas voltas com ele. Na última subida do circuito, não conseguiu mais seguir no ritmo do belga campeão do mundo e terminou a prova na sexta posição.
" No geral terminei com a excelente sexta posição. Fiquei muito satisfeito com a progressão constante dentro da corrida. Na classificação geral fui 18°,12° e 6°. De etapa em etapa subi 6 posições. Mais uma vez fiquei a uma posição do podium mas na próxima etapa isso servirá como uma motivação a mais. Além disso, consegui somar bons pontos no ranking internacional. Agora é seguir trabalhando muito e com seriedade para os próximos desafios e objetivos”, finalizou Henrique.

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