segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Salvini não pontuou em Curitiba



Cumpriu-se a previsão de chuva para o sábado de 6 de setembro, em Curitiba, PR. O dia que amanheceu frio e nublado já parecia anunciar que a 3ª etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country não transcorreria da forma como a petropolitana Salvini Racing planejava.
Com a chuva, o roteiro do evento - nomeado de 1º Rally da Independência - ficou seriamente comprometido, tornando-se extremamente liso. O percurso original de 165 quilômetros foi reduzido para 127 quilômetros, para preservar a segurança das 22 equipes presentes.
No entanto, ainda na primeira especial, em uma descida bastante íngreme com curva fechada descompensada para a esquerda com precipício, o piloto Guido Salvini, o navegador Weidner Moreira e o co-piloto Fernando Chwaigert preferiram não arriscar e parar a especial por ali. "O piso estava muito escorregadio e com lama, e mesmo com o veículo em primeira marcha reduzida, ele escorregava para os lados como se estivesse sem comando. Fizemos metade dessa descida e vimos o quanto estava perigosa. Sentimos naquele momento o risco que estávamos correndo e, por isso, decidimos não prosseguir. O caminhão é muito pesado e largo, ficando difícil e arriscado conduzi-lo neste tipo de situação", detalhou o navegador Moreira.
Porém, a sorte não estava ao lado da Salvini Racing, e naquele exato momento, a chuva ficou mais forte, complicando o retorno do trio. "O terreno estava tão ruim, que o pneu não tinha aderência e o caminhão permanecia do mesmo lugar. Tivemos que esperar 40 minutos até a chuva cessar, retornamos 150 metros de ré e uma hora depois conseguimos sair da especial", completou a explicação Salvini.
Desta forma, o time não teve tempo para largar para a segunda especial, e de acordo com o item 9.11.1 do regulamento do campeonato, a não largada de uma especial gera desclassificação. Sendo assim, a Salvini Racing foi obrigada a retornar para a casa mais cedo, sem poder ao menos brigar pela liderança da competição. O caminho ficou livre para Amable Barrasa, José Papacena e Rafael Bettoni assumirem a primeira posição do certame nacional, e sem pontuar, Salvini e cia ficam 17 pontos atrás dos principais concorrentes.
"Lamentamos o acontecido, mas temos que obedecer as regras. O sonho de conquistar o tetracampeonato ficou um pouco distante, mas não impossível. Ainda teremos mais duas etapas pelo Brasileiro, e se a sorte se aliar com nossa experiência, temos grandes chances de buscar esse título. E foi exatamente isso que nos faltou hoje: sorte", falou Salvini.
Nos carros, a vitória foi de Jean Azevedo e Youssef Haddad, seguidos de Fellipe Bibas e Emerson Cavassin, e Mauricio Neves e Clécio Maestrelli, em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
A data e local da próxima etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country ainda serão escolhidos pela CBA - Confederação Brasileira de Automobilismo - que deve anunciar a decisão nos próximos dias.

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