quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um Pec "dividido" que experimenta o sucesso e o fracasso em 2009

A diretoria do Poker/Petrópolis/Ikinha apostou nesta temporada em um grupo enxuto, jovem e que pode servir de base para garantir, em poucos anos, um lugar de maior destaque no cenário nacional. Se levarmos em conta a porcentagem da tentativa dos cartolas, 50 por cento de êxito e o mesmo número para o fracasso. Afinal de contas, o Pec experimenta até aqui uma excelente campanha no Campeonato Carioca, em cuja competição é líder absoluto e caminha rumo à conquista do título da competição; por outro lado, na Liga Nacional de futsal, o time tem a pior campanha nesta primeira fase, perdendo todos os jogos que fez até a última segunda-feira. Tudo bem que há uma disparidade técnica nos dois casos, mas isso é razão de preocupação?
Na segunda-feira passada, no ginásio da Universidade Católica de Petrópolis, no bairro Bingen, torcedores hostilizaram o técnico Fernando Malafaya e alguns jogadores depois de a UCS/Cortiana ter reagido e virado o jogo para 5 a 2, culminando na terceira partida perdida pelo Poker/Petrópolis/Ikinha na Liga Nacional. A cena causou preocupação, até porque de uns tempos para cá a torcida - que sempre prestigiou a equipe - está mudando de posição. O diretor de marketing do Pec, Flávio Berredo, entende a postura de alguns torcedores, mas acredita que a reação virá em breve. "O Petrópolis renovou seu elenco. Os jogadores e a comissão técnica trabalham para os resultados melhorarem e creio que essa maré vai mudar", disse Berredo.
Se na Liga Nacional as coisas não andam boas, no Carioca o Poker/Petrópolis/Ikinha está indo muito bem, obrigado. Invicta e líder do grupo "A", a equipe experimenta uma fase excepcional e caminha firme para a classificação para a próxima fase do campeonato. Bateu praticamente todos os adversários até agora e no próximo dia 18, no Rio de Janeiro, vai enfrentar o Piedade, um dos mais fracos da competição. Esta será a oportunidade de o elenco petropolitano se reabilitar de vez e lutar pela conquista de um título que não vence desde 2006. Enquanto o confronto não acontece, os jogadores treinam na UCP diariamente e em tempo integral para os próximos desafios, sendo que pela Liga Nacional jogará no dia 22 deste mês, em Petrópolis.
Nascido para vencer - Fundado em 1º de dezembro de 2001, o Petrópolis Esporte Clube pode ser considerado um “bebê prodígio”. A jovem equipe da cidade imperial a cada dia dá uma aula de profissionalismo e mostra que é possível realizar um projeto sério no esporte, sem vultosas quantias desperdiçadas. O clube-empresa, comandado por Norberto Rocha Mello, tem alguns pontos fundamentais. A exigência é pelo trabalho e pelo profissionalismo, não somente pelos resultados. Mesmo assim, eles apareceram rapidamente no futsal. Com menos de um ano de fundação, já era campeão estadual. Hoje, já são quatro finais de campeonatos importantes contabilizadas, sem contar o título da Copa Serramar, em 2002 e tantos outros.
O coordenador do projeto futsal, que acumula o cargo de treinador é Fernando Malafaia. Ele assumiu o cargo durante o Campeonato Estadual de 2002 e levou a equipe ao título. É um dos cinco treinadores no Brasil com maior tempo de permanência no comando de um time de grande porte. A primeira grande parceria aconteceu com a Ikinha Malhas. Hoje, o nome Petrópolis/Ikinha é conhecido nacionalmente. Recentemente, foram feitas duas novas parcerias: com a Unimed/Petrópolis e com a Universidade Católica de Petrópolis. Esta última rendeu ao time serrano um ginásio capaz de receber alguns jogos das maiores competições do país. O público passou a ser cativo, mesmo em jogos sem a presença de equipes de camisa. Na partida contra o Tio Sam, pela semifinal do Carioca, mais de 2.000 pessoas estavam presentes. Reconhecimento de um trabalho feito com muito suor e dedicação.

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