terça-feira, 16 de março de 2010

Pet ofusca festa de título de Cidadão Petropolitano



Como foi bacana a presença de Petkovic na festa do título de Cidadão Petropolitano na noite de ontem na sede do Petrô, uma homenagem prestada à aqueles que não nasceram na Cidade Imperial, mas que de alguma forma ganharam prestígio junto aos petropolitanos. Bonito ver Pet ofuscando a festa dos tradicionais políticos da cidade, porque joga para escanteio essa classe que não tem feito muita coisa em favor da população petropolitana, a não ser aproveitar a platéia para contar suas histórias que não convencem a ninguém.
O Pet é um ídolo flamenguista, embora tenha passado por outros grandes clubes brasileiros (aqui no Rio jogou pelo Fluminense e Vasco). É um jogador estrangeiro que tem muita qualidade, ao contrário dos políticos do município. Ele destoou dos demais porque é querido, talentoso e cortês com aqueles que reconhecem nele uma figura importante. Não foi diferente na festa de ontem à noite, quando "roubou" a cena com muitos aplausos. Ele é bom no que faz. Não que, mal comparando aos políticos da cidade, que os dignos representantes não sejam bem sucedidos.
Ainda bem que o Pet chegou na sede do Petrô sem precisar do transporte público, que está cada vez pior e isso, incrivelmente, não entra na agenda dos políticos daqui. Já nem digo o caos na saúe pública, porque isso foi bastante explorado pelo atual prefeito na última eleição municipal e, com isso, conquistou uma vitória significativa. O trânsito é ruim e a parte esportiva que deveria receber uma atenção maior por conta da Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, é um caso à parte. Não há avanço nenhum nesta parte, apesar do governo municipal ter anunciado, com pompas, a construção de uma pista de golfe. Ora bolas, falta um ginásio municipal, uma verdadeira política para o setor... Mas vamos deixar isso pra lá!
A homenagem ao Petkovic foi legal e até me lembrou uma situação lá no passado. Brasileiro é claro. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, boa parte deles era recebida com alguma festa e os colonizadores distribuíam espelhos para eles, como forma de dar presentes aos nativos e facilitar, assim, melhorar a relação entre as partes. Pet, que é europeu, foi recebido na festa como uma verdadeira celebridade, apesar de Petrópolis estar quase "ao lado" da capital fluminense. A mentalidade ainda é pequena e, talvez por causa disso tenhamos muito pouco a oferecer a uma população.
Enquanto os nossos representantes pensam na eleição, em trocar de carro no fim do ano e outras baboseiras a mais a população continuará sofrendo. Digo a população que, como eu não tem carro e que tem um plano de saúde vinculado à empresa em que trabalha. Que paga caro pelo alimento do dia-a-dia e que aos fins de semana e tem poucas opções de lazer. Basta ver todos os dias centenas de estudantes perambulando pelas ruas porque simplesmente não tem o que fazer na cidade. Talvez podemos sugerir a eles aguardarem a construção da pista de golfe para praticarem esporte, que se tornem os "Tiger Woods" do amanhã... Ou então treinem nos campos de futebol dos cambaleantes clubes petropolitanos para serem os "Ronaldinhos" que poderiam jogar no Serrano em um futuro próximo, quando este, um dia, voltar à primeira divisão.
"Pão e Circo" é o que o povo quer? Bem, quanto ao pão tá cada vez mais caro de se adquirir e o circo os espaços são poucos. Pelo menos o Petkovic alegra a galera. Podemos dizer que Petrópolis está ganhando importância quando declara amor ao município. Isso me faz lembrar que, no século passado (ou até o retrasado) havia, sim, muita coisa boa. E até tem hoje em dia, graças ao esforço pessoal de atletas e dirigentes que sonham com dias melhores. É isso aí. É Pet na cabeça!!!!

Um comentário:

Leonni Pissurno disse...

Fala ae Roberto! Muito legal saber que um craque do futebol teve o seu reconhecimento e pôde ofuscar a festa da politicagem. O ruim é que muitos problemas estão pra ser resolvidos e políticos, como o nosso querido governador, fazem cena e dizem que vão perder a fonte. Os recursos não são fonte de verbas para investimento, mas muitas vezes servem para financiar vontades e desejos próprios que não são as necessidades da população.